ATA DA QÜINQUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 26.06.1998.

 


Aos vinte e seis dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quinze minutos foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Antônio Losada, Carlos Garcia, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Carlos Nedel, João Dib, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum e Renato Guimarães. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Cláudio Sebenelo, Décio Schauren, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Isaac Ainhorn, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sônia Santos e Tereza Franco. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Qüinquagésima Primeira Sessão Ordinária, que, juntamente com a Ata da Qüinquagésima Sessão Ordinária, deixou de ser votada face à inexistência de “quorum” deliberativo. À MESA foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução nº 30/98 (Processo nº 2061/98); pelo Vereador Adeli Sell, subscrita pela Vereadora Maria do Rosário, a Emenda nº 02 ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97 (Processo nº 482/97); pela Vereadora Anamaria Negroni, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Carlos Garcia, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Carlos Nedel, 09 Pedidos de Providências e o Pedido de Informações nº 94/98 (Processo nº 2041/98); pelo Vereador João Dib, o Pedido de Informações nº 88/98 (Processo nº 1994/98); pelo Vereador Luiz Braz, os Pedidos de Informações nºs 89 e 90/98 (Processos nºs 2001 e 2002/98, respectivamente); pela Vereadora Maria do Rosário, a Emenda nº 03 ao Substitutivo nº 01 aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97 (Processo nº 482/97); pelo Vereador Nereu D’Ávila, 01 Pedido de Providências e o Projeto de Lei do Legislativo nº 95/98 (Processo nº 2012/98). Ainda, foram apregoados o Projeto de Lei do Executivo nº 20/98 (Processo nº 2075/98) e os Ofícios do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, de nºs 277/98, comunicando o afastamento de Sua Excelência do Município nos dias vinte e seis e vinte e sete de junho do corrente, para viagem a São Paulo, e 280/98, encaminhando cópia do Estatuto da Empresa Porto-alegrense de Turismo - EPATUR, para ser anexado ao Processo nº 925/97 (Projeto de Lei do Executivo nº 07/98). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nº 101/98, do Senhor Jaime Gonçalves da Silva, Presidente da Associação Gaúcha Municipalista - AGM; 578, 579 e 581/98, do Senhor Valmir Martins Batista, Vice-Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/RS; s/nº, do Senhor Antônio Carlos Morandini, Vereador da Câmara Municipal de Ribeirão Preto/SP; Cartões: do Senhor João Luiz Vargas, Deputado Estadual/RS; da Senhora Maria Beatriz Gomes da Silva, Secretária de Estado da Educação/RS; Fax: do Senhor José Henrique Paim Fernandes, Secretário Extraordinário de Captação de Recursos e Cooperação Internacional da Prefeitura Municipal de Porto Alegre; da Senhora Reneuza Borba, Presidenta da Associação das Donas de Casa e dos Consumidores de Tubarão/SC - ADOCON. Na oportunidade, o Senhor Presidente apregoou Requerimento da Vereadora Sônia Santos, solicitando, nos termos do § 6º do artigo 218 do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o Vereador Eliseu Sabino, no período de vinte e seis a vinte e oito de junho do corrente. Em prosseguimento, declarou empossado na vereança o Suplente Jocelin Azambuja, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Após, o Vereador Paulo Brum formulou Requerimento verbal solicitando alteração na ordem de votação da matéria constante da Ordem do Dia. Também, a Vereadora Maria do Rosário formulou Requerimento verbal solicitando alteração na ordem dos trabalhos, tendo o Vereador Carlos Garcia manifestado-se a respeito deste Requerimento. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 88 e 89/98, discutidos pelos Vereadores Jocelin Azambuja, João Dib, Carlos Garcia e José Valdir. Na oportunidade, através de Questão de Ordem, o Vereador Juarez Pinheiro prestou informações acerca de reunião realizada pela Mesa com o Colégio de Líderes, para deliberação acerca de priorizações na votação de projetos antes do período de recesso parlamentar. Após, foi apregoado Requerimento do Vereador Antonio Hohlfeldt, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, e os trabalhos estiveram suspensos das nove horas e cinqüenta e cinco minutos às dez horas e quatro minutos, nos termos regimentais. A seguir, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Sérgio Ivan Borges e Adelina da Silva Borges, Coordenadores da Associação Fraternal de Recuperação Universal - Comunidade Terapêutica Oásis - AFRUCTO, e da Senhora Iara da Costa Ramos, psicóloga deste Legislativo, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos. Em COMUNICAÇÃO DE PRESIDENTE, o Vereador Luiz Braz discorreu sobre a difusão do uso de drogas em nossa sociedade, destacando o trabalho realizado pela AFRUCTO, de apoio ao dependente químico que deseja sair desta condição. Registrou convênio hoje assinado pela Câmara Municipal de Porto Alegre com a AFRUCTO, integrando oficialmente este Legislativo na campanha “Dizendo Sim à Vida”. Em prosseguimento, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Marina Helena Durganti, Pedro Antônio Ranquetat e Hailton Terra de Jesus, respectivamente, Presidentes do Sindicato dos Funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre - SINDICÂMARA, da Associação Beneficente dos Funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre - ABECAPA, e do Grêmio Esportivo da Câmara Municipal de Porto Alegre - GECAPA, convidando Suas Senhorias a integrarem a Mesa dos trabalhos. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores Renato Guimarães e Jocelin Azambuja que, como Presidentes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e da Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Casa, respectivamente, salientaram a importância do convênio hoje assinado entre este Legislativo e a AFRUCTO. Também, o Senhor Presidente convidou a todos para participarem, hoje, às quatorze horas, no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de reunião relativa à Campanha Nacional de Combate às Drogas, e registrou as presenças do Senhor Darci Corso de Campos, representante da CDL - SINDILOJAS de Canoas, do Senhor Márcio Kauer, Vice-Prefeito de Canoas, e do Senhor Antero Kolvis, Presidente da Associação de Microempresários de Canoas. A seguir, concedeu a palavra aos Senhores Sérgio Ivan Borges e Adelina da Silva Borges, que saudaram os presentes e discorreram acerca da abrangência e do significado da campanha “Dizendo Sim à Vida”, afirmando que o objetivo dessa campanha, mais do que combater a droga, é ajudar o dependente a sair dela. Em prosseguimento, a Senhora Adelina da Silva Borges procedeu à entrega, aos Vereadores Luiz Braz e Renato Guimarães, de Diploma da AFRUCTO, de agradecimento e reconhecimento pela decisão de integrar a campanha “Dizendo Sim à Vida”. Após, o Senhor Presidente convidou a todos os Vereadores e aos Senhores Iara da Costa Ramos, Dercy Furtado, Marina Helena Durganti, Pedro Antônio Ranquetat e Hailton Terra de Jesus a, como testemunhas, assinarem o convênio hoje firmado entre a Câmara Municipal de Porto Alegre e a AFRUCTO, de participação deste Legislativo na campanha “Dizendo Sim à Vida”. Também, prestou informações sobre a forma como tal participação será concretizada, destacando que as reuniões da AFRUCTO nesta Câmara ocorrerão todos os sábados, às quatorze horas e trinta minutos. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Psicóloga Iara da Costa Ramos, que registrou a participação dos funcionários da Casa na viabilização do convênio hoje assinado. Ainda, o Vereador Clovis Ilgenfritz, como 1º Vice-Presidente deste Legislativo, agradeceu à Psicóloga Iara da Costa Ramos pela sua presença ativa na busca da participação da Casa na campanha "Dizendo Sim à Vida". A seguir, constatada a existência de “quorum”, foram aprovados Requerimentos dos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Adeli Sell e Pedro Ruas, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossados na vereança os Suplentes Gilberto Batista, em substituição ao Vereador Antonio Hohlfeldt, Cyro Martini, em substituição ao Vereador Adeli Sell, e Mário Fraga, em substituição ao Vereador Pedro Ruas, informando que o Suplente Gilberto Batista integrará a Comissão de Educação, Cultura e Esportes e os Suplentes Cyro Martini e Mário Fraga integrarão a Comissão de Economia, Finanças e Orçamento. Também, o Senhor Presidente apregoou declaração do Vereador Nereu D’Ávila, comunicando, na condição de Líder da Bancada do PDT, que os Suplentes João Bosco Vaz e Milton Zuanazzi encontravam-se impedidos de assumir a vereança em substituição ao Vereador Pedro Ruas. Em COMUNICAÇÃO DE  LÍDER, o Vereador Jocelin Azambuja teceu considerações acerca do pronunciamento efetuado pelo Vereador José Valdir durante a discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 88/98, criticando a política do Governo Municipal para a área do ensino público e analisando o Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97. A Vereadora Maria do Rosário reportou-se ao pronunciamento do Vereador Jocelin Azambuja, sobre a política educacional vigente no Município, defendendo a forma como o Executivo Municipal vem encaminhando questões relativas ao ensino público em Porto Alegre. Ainda, discorreu sobre o Projeto de Lei do Legislativo nº 06/97. O Vereador Nereu D’Ávila comentou destinação privativa, para integrantes da Prefeitura de Porto Alegre, de estacionamentos em áreas próximas ao prédio do Governo Municipal, posicionando-se contrário a tal medida e atentando para os transtornos que a mesma acarreta à população. O Vereador Gilberto Batista protestou contra o tratamento concedido pelo Departamento de Esgotos Pluviais à comunidade do Bairro Sarandi, afirmando que os moradores da área vêm recebendo promessas e desculpas sem que ocorra a devida solução dos problemas ali encontrados. Também, relatou situação semelhante observada na Vila União. O Vereador Cláudio Sebenelo registrou a posse do Senhor Vicente Bogo no Governo Estadual, em substituição ao Governador Antônio Britto que, como candidato às eleições de outubro do corrente, licenciou-se do cargo. Falou acerca de reivindicação dos médicos do Hospital de Pronto Socorro, de aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 19/98. Ainda, criticou o não-cumprimento, pelo Executivo Municipal, da lei que transforma os integrantes do cargo de Operadores de Raio X em Técnicos em Radiologia. O Vereador João Dib teceu comentários sobre o programa "Cidade Viva", de responsabilidade do Executivo Municipal, declarando que o mesmo divulga dados incorretos acerca das atividades relativas à administração de Porto Alegre. O Vereador Fernando Záchia discorreu acerca do sistema de trânsito observado no Bairro Moinhos de Vento, salientando a necessidade de uma maior comunicação entre a Secretaria Municipal de Obras e Viação - SMOV - e o Departamento de Esgotos Pluviais - DEP -, para que sejam evitados problemas como os ocorridos na Rua Dona Laura, onde foram efetuadas obras do DEP três dias após a conclusão do asfaltamento dessa rua. O Vereador Carlos Garcia procedeu a relato acerca do não-pagamento, pelo Governo Estadual, de professores contratados emergencialmente neste primeiro semestre letivo. Também, questionou os motivos pelos quais não foram pagas as bolsas de auxílio a atletas gaúchos, de responsabilidade do Governo do Estado. Após, por solicitação do Vereador Lauro Hagemann, foi feito um minuto de silêncio face ao passamento do Senhor Renato Souza, ex-Vereador e ex-Presidente deste Legislativo. Na oportunidade, o Senhor Presidente solicitou que o registro feito pelo Vereador Lauro Hagemann fique consignado como uma homenagem póstuma de toda a Casa ao Senhor Renato de Souza, tendo o Vereador Reginaldo Pujol, através de Questão de Ordem, manifestado-se acerca do assunto. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA e os trabalhos estiveram suspensos das onze horas e trinta e cinco minutos às doze horas e onze minutos, para reunião conjunta de Comissões Permanentes. Na ocasião, respondendo a Questão de Ordem do Vereador João Dib, o Senhor Presidente prestou informações acerca do "quorum" necessário para a continuidade dos trabalhos. Também, face à Questão de Ordem do Vereador João Dib, o Senhor Presidente solicitou a oitiva da Procuradoria da Casa acerca da necessidade ou não de assembléia de acionistas para extinção da Empresa Portoalegrense de Turismo e alteração das condições de funcionamento da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre, tendo a Vereadora Maria do Rosário solicitando que tal oitiva não acarrete em efeito suspensivo para a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 07/97 e tendo o Vereador Juarez Pinheiro informado que a Comissão de Constituição e Justiça já elaborou parecer acerca do assunto abordado pelo Vereador João Dib, no referente à Empresa Portoalegrense de Turismo. Em Discussão Geral e Votação Nominal esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 18/97, com Veto Total, o qual foi discutido pelo Vereador Juarez Pinheiro, declarando-se encerrado seu período de discussão. Às doze horas e vinte e quatro minutos, constatada a inexistência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Clovis Ilgenfritz e Juarez Pinheiro e secretariados pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Paulo Brum. Do que eu, Juarez Pinheiro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Mesa comunica que o Ver. Eliseu Sabino está em licença de saúde nos dias 26, 27 e 28 de junho, sendo plenamente justificada através de atestado médico.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de Licença do Ver. Eliseu Sabino, e dada posse ao Suplente, conforme consta da Ata.)

 

O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de requerer que, ao entrarmos na Ordem do Dia, o PLL nº 045/97 de minha autoria seja apreciado em último lugar.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Requerimento): Sr. Presidente, gostaríamos de requerer que o período de discussão preliminar de Pauta fosse invertido e que passássemos imediatamente à Ordem do Dia. As Lideranças estão trabalhando na ordem para votação, considerando que temos duas Sessões até o início do recesso parlamentar.

 

O SR. PRESIDENTE: Infelizmente não temos Vereadores suficientes em Plenário, neste momento, para votarmos Requerimentos.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente, é exatamente em cima disso, até porque no acordo de Lideranças, do qual a própria Vera. Maria do Rosário participou, ficou acertado que nas sextas-feiras correria Pauta normalmente até a chegada de todos os Vereadores, tendo em vista que o primeiro Projeto a ser votado, hoje, é um Projeto com veto e precisamos de 17 votos. Por isso, o PSB encaminha o sentido de que a Pauta seja transcorrida normalmente.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 1861/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 088/98, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que altera a redação do artigo14 da Lei nº 3790, de 05 de setembro de 1973, e alterações posteriores, que estabelece normas para a exploração dos serviços de táxis e dá outras providências.

 

PROC. 1877/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/98, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que dá nova redação ao § 2º do art. 7º da Lei nº 3790, de 05 de setembro de 1973, alterada pelas Leis nºs 4002, de 02/07/75; 4160, de 10/09/76; 4387, de 29/12/77; e 6556, de 29/12/89, que estabelece normas para a exploração de serviços de táxis e dá outras providências

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, temos hoje dois Projetos na Pauta que envolvem os taxistas de Porto Alegre.

Logicamente, sempre, a preocupação de todos Vereadores desta Casa tem sido propiciar melhores condições de trabalho e permitir que esses profissionais possam, também, prestar melhores serviços à população.

Nós mesmos já fizemos alguns Projetos nesta Casa, que foram aprovados e que visavam fazer com que os serviços fossem mais eficientes, como somente foi aprovado, aqui, o Projeto de Lei que permite aos taxistas que trabalham à noite terem estacionamento prioritário na frente de bares, restaurantes e casas de espetáculos entre às 20h e 06h da manhã, facilitando a vida de todos, dando mais segurança aos usuários, e permitindo logicamente que esses profissionais não sejam multados periodicamente, como vem sendo feito, pela SMT, e também agora pelo organismo que controla o tráfego em Porto Alegre.

O Ver. Elói Guimarães levanta no seu Projeto nº 088/98, Proc. 1861/98 a questão da pintura interna nos táxis, porque há uma divergência entre as determinações da SMT para a pintura interna nos táxis. Ainda bem que não é a pintura externa, porque esta me traz uma triste lembrança, quando o Governo Municipal, na época do Prefeito Tarso Genro, vetou um Projeto meu que determinava a retirada dos bancos de fibra dos ônibus, e só quem anda de ônibus sabe o quanto é ruim sentar em bancos de fibra, especialmente agora no inverno, e o Prefeito vetou nosso Projeto porque disse que os donos das empresas de transporte iriam gastar um milhão e cem mil reais para trocar os bancos dos ônibus, mas em compensação mandou pintar todos os ônibus de Porto Alegre de uma cor diferente, que, no final, muita gente não entendeu nada sobre essas cores, mas em compensação achavam que a população iria andar sentada em cima dos ônibus, quem sabe, admirando a pintura, e não nos bancos de fibra, que são uma porcaria, e que graças a Deus estão sendo retirados gradativamente.

Então, agora, o Ver. Elói Guimarães está preocupado em definir a questão da pintura interna dos ônibus. Acho que a Prefeitura Municipal, a SMT, deve ter uma regulamentação definitiva em relação a esta matéria e fazer com que, logicamente, os táxis tenham uma definição sobre o padrão da cor que possa ser de preferência as cores originais de fábrica, porque qualquer pintura modificava da cor original de fábrica faz com que esse profissional venha a gastar mais, e gastar mais nos dias de hoje significa a perda do pouco que arrecadam no serviço de táxis em Porto Alegre.

Temos que analisar com profundidade esta questão, verificarmos junto aos dois segmentos, especialmente, o sindicato da categoria, o SINTÁXI, para vermos o que realmente está acontecendo, e aí, se for confirmada esta discrepância entre as normas e regulamentações feitas pela SMT, vamos ver com o Presidente Roberto Araújo, do SINTÁXI se, de fato, isto está acontecendo para que se venha aprovar, ou não, esta matéria. Mas, de qualquer forma, acho que o levantamento da questão que o Ver. Elói Guimarães faz é importante, na medida em que nós precisamos ter uma definição desse assunto, para que não ocorra amanhã esta barbaridade que acontece com os ônibus de Porto Alegre. Gastaram quase um milhão de reais para trocar a cor dos ônibus, mas os bancos de fibra continuam lá, castigando os nossos usuários.

Pena que o pessoal não ande de ônibus, o Prefeito e os Secretários têm carro particular. Então, como eles não andam de ônibus, não sentem a dureza de um banquinho de fibra, mas um dia, talvez, possam ter essa possibilidade.

Também gostaria de registrar que o Projeto do Ver. Antonio Hohlfeldt, que trata da questão de permitir aos permissionários de táxi fazer a transferência para outras pessoas, desde que sejam viúvas ou maiores de 65 anos, é uma questão muito delicada e tem que ser analisada com muita profundidade. Parece-me que o Projeto é bem intencionado, mas temos que analisar se essas boas intenções são de interesse da categoria.

Da mesma forma, vou procurar conversar com o Presidente do SINTÁXI, Sr. Roberto Araújo, para ver se realmente todas essas questões são importantes e necessárias aos taxistas. E se forem, buscaremos, na discussão da matéria, encaminhar favoravelmente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, poderia parecer que ser repetitivo é não ter competência para fazer uma análise criteriosa e isenta, mas não é. É preciso que se repita: chega de leis; as que existem são boas, basta que sejam aplicadas.

O Ver. Hélio Corbellini apresentou um Projeto de Lei para que se faça a consolidação de todas as leis que existem em Porto Alegre. É um Projeto mais do que oportuno.

Como Prefeito criei o Projeto Sirel para que, por meio dos computadores, nós pudéssemos chegar ao momento da consolidação das leis. Parece que esse Projeto foi abandonado.

Mas, vejam, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que há, hoje, na Pauta, dois novos Projetos de Lei. O que fazem esses dois Projetos de Lei senão alterar a legislação de táxis constante na Lei Nº 3790, de setembro de 73? Ora, essa lei, segundo o Ver. Antonio Hohlfeldt, foi alterada pelas Leis 4.002, 4.160, 4.387 e 6.556. O Ver. Elói Guimarães, mais precavido - porque é difícil alguém saber quantas leis sobre táxis há nesta Cidade, quantas leis há sobre passagens escolares, quantas leis há sobre transporte coletivo, nem o computador possui todos esses dados -, diz: “A Lei Nº 3.790, de 5 de setembro de 73 e alterações posteriores...” Assim ele não erra. Isso mostra que não há necessidade de novas leis; há necessidade, sim, do cumprimento das leis que aí estão, muito boas a maioria delas.

O Ver. Jocelin Azambuja disse que o Prefeito vetou o Projeto dos bancos de fibra porque, segundo ele, o Prefeito não anda de ônibus. Ele até disse que o Prefeito, recentemente, em Paris, andou em bons bancos de metrô. Ele esqueceu que o Prefeito-conferencista foi fazer uma palestra, não como Prefeito, mas como conferencista, por mil dólares, com passagem e estadas pagas, e, depois, aproveitou para dar uma estendida até Paris.

Veja, Ver. Jocelin Azambuja, que o Projeto de Lei que o Prefeito vetou, é aquele desconhecimento da lei que acontece. E não tem computador para saber todas as leis. Até sei, porque ajudei a fazer a lei 2758, que é proibido banco de fibra em ônibus em Porto Alegre. E não existe lei, dizendo que pode colocar. Mas, existe uma lei dizendo que não pode colocar. Mas, nós fazemos mais leis e não cumprimos as leis existentes.

Agora, vejo o Ver. Elói Guimarães precisar fazer uma lei pela falta de sensibilidade da Secretaria Municipal dos Transportes que quer que a parte interna do veículo seja, também, pintada para fazer o táxi ter a cor oficial.

Ora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a lei diz que o táxi deve ter a cor laranja, tão-somente isto. De repente, pelas colocações que faz, a SMT vai querer estabelecer a cor da bermuda do taxista no verão, e a cor da calça no inverno, para combinar com a cor laranja externa.

É uma falta de sensibilidade. Se não existe lei obrigando, por que a Secretaria Municipal dos Transportes quer ser mais realista do que o rei e fazer o taxista gastar mais, sem necessidade? Poderia dizer que estão procurando proteger alguma oficina de pintura, mas é claro que não é isso, é falta de sensibilidade.

Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ainda tenho sensibilidade para dizer: saúde e paz.

 (Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Carlos Garcia para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. João Dib falou da existência do número elevado de leis. Realmente, temos tantos e tantos assuntos para nos preocupar, como, por exemplo: hoje é o dia mundial de combate às drogas, esta deveria ser, talvez, a Sessão que merecesse toda a nossa atenção no dia de hoje, pois, mais do que nunca, esse é um mal que assola todo o mundo. No entanto, nós temos que discutir a cor do táxi, e ainda mais, a cor destinada internamente para os  táxis. E nós poderíamos estar discutindo os malefício das drogas e o seu uso indiscriminado pela população mundial.

Eu sempre digo aos meus alunos que aquilo que não diz, pode. É por isso que se não fala nada, pode qualquer cor. Não conseguimos entender por que a Secretaria Municipal de Transportes, de uma hora para outra, resolve que a cor interna dos táxis tem que ser determinada.

Pergunto aos Vereadores: qual o objetivo de determinar uma cor aos táxis? É para a visualização. Hoje, vendo-se a cor laranja do veículo, sabe-se que é um táxi. Esse é o motivo principal de determinar a cor. Agora, fazer com que os permissionários de táxi tenham que pintar a parte interna só vai ter ônus, e sabemos que a população é que vai arcar com todo e qualquer ônus.

O proponente, Ver. Elói Guimarães, que trata brilhantemente dessa matéria, sabe que quando vier à Casa a planilha de custos vai aparecer a pintura interna dos táxis, o que, logicamente, será repassado à população. Voltamos a perceber que há algumas coisas incoerentes na nossa função de legisladores de termos que fazer leis para algo que não precisaria ser discutido.

O nobre Ver. Elói Guimarães propõe que a frota de táxis do Município de Porto Alegre terá cor padronizada pela Secretaria Municipal dos Transportes, podendo ser mantida no interior dos veículos a cor proveniente de fábrica. A questão interna dos táxis, no nosso entendimento, não altera nada, porque o objetivo principal é a visualização externa para poder-se chamar um táxi e o identificar. Porém, por uma atitude de insistência, não sabemos e gostaríamos de saber, Sr. Presidente, por que a Secretaria de Transportes está fazendo com que esses taxistas sejam obrigados, eles estão sendo multados. Nós achamos que é uma medida incoerente e que se continuar essa exigência quem vai pagar, mais uma vez, serão todos nós, ou seja, os contribuintes da Cidade de Porto Alegre. Portanto, eu acho que em boa hora o Ver. Elói Guimarães está propondo esta lei. Só que, no nosso entendimento não precisaria. Eu volto a dizer aquilo que sempre digo aos meus alunos: aquilo que não diz pode; e se não falava nada pode ser qualquer cor. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, tanto o Ver. João Dib quanto o Ver. Carlos Garcia têm razão, quando a partir da discussão desse Projeto sobre a cor dos táxis, levantam essas questões sobre o próprio funcionamento aqui na Câmara. O Ver. João Dib tem a sua famosa expressão, de que leis não são histórias em quadrinhos feitas em quantidade para agradar. E sempre se refere ao excesso de leis aqui. E o Ver. Carlos Garcia apontou a questão das drogas que deveríamos estar discutindo hoje aqui. E eu quero me associar a essa discussão dizendo que talvez o grande problema que tem nesta Casa, não seja nós discutirmos Projetos como esse sobre a cor dos táxis, é priorizarmos esse tipo de projeto em detrimento de Projetos importantíssimos à Cidade de Porto Alegre, que estão na Ordem do Dia de hoje, como o Projeto do Sistema Municipal do Ensino que está há mais de um ano tramitando nesta Casa. E que talvez nós não consigamos votar de novo neste semestre, já que estamos entrando no recesso, porque nós priorizamos muitas vezes Projetos de menos importância e deixamos os Projetos realmente importantes. Não damos condições para que esses Projetos importantes sejam votados, como no ano passado não demos condições para votar o Sistema do Ensino, sob o argumento de que a Casa já tinha discutido. Passou-se mais seis meses e não houve a tal de discussão, e de novo o nosso Projeto chega aqui com o risco de não ser votado de novo antes do recesso.

 

O SR . PRESIDENTE: Vereador, eu estou interrompendo o tempo de V. Exa. e peço ao meu amigo Vereador que se prenda à discussão da Pauta porque V. Exa. ocupa o tempo de discussão de Pauta.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente, eu estou discutindo os Projetos em Pauta e estou suscitando uma questão da mesma forma que os outros Vereadores que discutiram o mesmo Projeto - Projeto dos táxis -, só que eu estou dando outro exemplo de Projeto importante que não é priorizado, em detrimento de Projetos menos importantes.

 

A Sra. Maria do Rosário: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero concordar com o Ver. José Valdir nas ponderações que ele faz sobre o tempo e dizer da importância da celeridade do processo nas Comissões. Gostaria de dizer, também, que precisamos priorizar e ter o entendimento daquilo que vem do Governo, daquilo que é composto dentro desta Casa e do que é prioridade. Se depender da nossa Bancada, queremos trabalhar com as Lideranças a possibilidade de antes do recesso nós compormos uma Extraordinária na qual possamos vencer a Pauta dos Projetos que vêm do Executivo e também dos Projetos do Legislativo, contemplando, assim o Projeto de autoria do Vereador e que é da nossa Bancada. Obrigada.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente, a única forma de evitar que de novo aconteça esse tipo de coisa, que Projetos de menor importância sejam aprovados e os de maior importância não sejam aprovados, é exatamente encararmos com seriedade a possibilidade de uma convocação extraordinária para votar não só esse Projeto, mas outros Projetos, inclusive de outros Vereadores, importantes para a cidade de Porto Alegre que certamente vão ficar sem condições de votar.

 

O Sr. Gilberto Batista: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu também estou de acordo com V. Exa. no sentido de que Projetos importantes para Porto Alegre têm que ser votados e discutidos nesta Casa. Por isso que este Vereador é sempre contra vários tipos de moções com as quais perdemos tardes inteiras para votar.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Gilberto Batista, eu vou interromper o tempo do orador, também, porque V. Exa. não tomou posse ainda na Sessão de hoje. Então, eu peço escusas a V. Exa., mas V. Exa. não pode participar com o aparte.

 

O Sr. Carlos Garcia: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nós somos favoráveis, também. Inclusive tivemos a oportunidade de discutir na terça-feira, na Comissão de Educação, mas gostaria de registrar que é a própria Bancada do Governo que está propondo priorizar os Projetos do Executivo. Acredito que é importante fazer essa ressalva para que não paire nenhuma dúvida aqui quanto à questão do seu Projeto entrar hoje ou não.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Tem Projetos de iniciativa dos Vereadores muito importantes nesta Casa. Não é só o Projeto do Sistema Municipal, tem outros Projetos. Por isso acredito que é importante que pensemos seriamente na possibilidade de em não vencendo a votação desses Projetos importantes se convoque uma Extraordinária para se votar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu faria um Requerimento no sentido de que, como Presidente da Casa e tendo presidido a reunião efetuada com a Mesa Diretora e todas as Lideranças, V. Exa. pudesse esclarecer aos Vereadores que não participaram daquela reunião que a Bancada do Partido dos Trabalhadores e todas as Bancadas fizeram priorizações de propostas que deveriam ser votadas nas últimas três Sessões. O Projeto referenciado pelo Ver. José Valdir foi priorizado pela Bancada do Partido dos Trabalhadores a exemplo de outras Bancadas que priorizaram outros Projetos e nós temos ainda uma Sessão segunda-feira. A priorização foi dada nas últimas Sessões sem dizerem em qual Sessão o Projeto seria votado. Eu acredito que seria interessante que V. Exa. pudesse esclarecer a todo o conjunto da Casa a forma com que a Mesa Diretora, o 1º Secretário, a Presidência e as  Lideranças trabalharam os Projetos a serem apreciados no final deste semestre legislativo.

 

O SR. PRESIDENTE: Eu acredito que V. Exa. já fez esse esclarecimento quando formulou o seu Requerimento porque o que V. Exa. coloca é a verdade do que ocorreu na reunião entre Mesa e Lideranças. Acredito que todos os Vereadores estão conscientes daquilo que foi tratado na reunião que envolveu todos os partidos políticos da Casa.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra. Ausente. Encerramos o período de Pauta.

O Ver. Antonio Hohlfeldt solicita licença para tratar de interesses particulares no período do dia 26 de junho.

 

 (Suspendem-se os trabalhos às 09h55min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 10h04min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão. Eu solicito que os Srs. Vereadores ocupem as suas tribunas. De acordo com o que estava estabelecido em nossos avulsos, nós estamos recebendo a visita do Dr. Sérgio Ivan Borges e de sua esposa, e convido-os para fazer parte da Mesa dos trabalhos. Também convido a Dra. Iara para fazer parte da Mesa, Psicóloga que presta serviços para a nossa Câmara Municipal. Quero anunciar que os nossos convidados vieram aqui para uma missão muito importante. Solicito ao Ver. Juarez Pinheiro que assuma o comando da Sessão, pois vou utilizar a Tribuna, por alguns instantes, para uma Comunicação de Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em tempo de Presidência.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nós programamos exatamente para as 10 horas deste dia um ato ao qual a Câmara não poderia, de forma alguma, ficar ausente.

Neste dia 26 é dada a largada na campanha de combate ao uso de drogas. Acredito que pela primeira vez na história da Câmara Municipal nós estejamos, de maneira oficial, integrando esta Campanha, exatamente, pela responsabilidade de estarmos representando todos os segmentos da sociedade. Sabemos que, de acordo com as estatísticas, o crescimento do uso das drogas está sendo alarmante, apesar de todo o combate que tem recebido por parte das autoridades responsáveis e competentes. Nós, da Câmara Municipal, para que pudéssemos tomar essa atitude, tivemos várias reuniões com a Comissão de Saúde desta Casa, presidida pelo Ver. Renato Guimarães, com o Setor de Psicologia desta Casa, com a Dra. Iara e com uma das Entidades mais especializadas nesta área que é a AFRUCTO, comandada pelo Dr. Sérgio Ivan Borges.

Hoje, para que possamos marcar a presença da Câmara, neste ato de largada da Campanha de combate ao uso das drogas, estamos assinando um convênio com a AFRUCTO, a fim de que a nossa Casa possa abrir os espaços necessários e possa tomar todas as medidas necessárias para que a população, que nós representamos, possa ser orientada, possa estar, de uma forma ou de outra, também incluída nesta grande batalha pela vida.

Convido o Presidente da Comissão de Saúde, Ver. Renato Guimarães, que esteve presente em todos os atos, para vir à tribuna manifestar-se, em nome desta Casa, sobre a nossa posição em relação a esta campanha que inicia hoje, e a nossa participação neste convênio que passaremos a assinar. Convido também o Vereador para participar de um ato, hoje à tarde, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é muito importante a sua participação neste ato.

Convido todas as entidades representativas dos funcionários da Câmara Municipal para fazerem parte da Mesa, já que todas essas entidades participaram dos debates que envolvem esta Campanha de Combate ao Uso das Drogas.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) A Câmara de Porto Alegre não poderia ficar alheia, não poderia deixar de se somar a esta Campanha. É um conjunto de ações que, a partir do dia de hoje, Dia Mundial de Combate ao uso de Drogas, envolve as três esferas, é um somar de forças para destacarmos a importância da vida e combatermos o uso de drogas. Quando esse tema foi trazido à Comissão de Saúde, debatemos com os Vereadores e com o conjunto das entidades de classe representadas nesta Casa. Há que se enfrentar esse problema das drogas, mas temos que ver como fazer isso. As sociedades mais desenvolvidas fazem campanha no sentido de reprimir o uso de drogas, mas vemos que mesmo assim o problema não é superado. E daria como exemplo a campanha feita na América do Norte, que apresenta índices cada vez mais alarmantes de consumo de drogas. Portanto, a proposta apresentada à Câmara de Vereadores é de formularmos uma outra possibilidade de lidar com o problema, que é de reafirmarmos o valor da vida. Em relação a esse projeto: “Dizendo Sim a Vida”, somamo-nos a ele. É esse o pedido que deixamos não só à Câmara de Vereadores, mas à sociedade de Porto Alegre, para que se agregue a essa campanha, junto com os funcionários, com os Vereadores, com as entidades que estão participando, para que possamo-nos somar às atividades até outubro, destacando o valor da vida. E, para destacarmos o valor da vida, dizendo “sim” à vida, é necessário que, na discussão, sobre a dependência química, levemos em consideração alguns elementos. Destacaria que é necessário rediscutirmos o papel da acolhida, de como tratarmos o dependente químico. É necessário construirmos uma visão para chamar todos à responsabilidade, abrindo o nosso coração para lidarmos com essa situação. E esse conceito que supera a questão do uso de drogas, releva a solidariedade e a fraternidade como conceito da acolhida, de como trabalhamos a acolhida do dependente químico. E isso é o que destacaremos dentro da Câmara de Vereadores.

Gostaria de enfatizar a participação e a militância do companheiro dirigente da AFRUCTO, Ivan Borges, que, pelos relatos e acompanhamentos que fazemos na área do atendimento ao dependente químico, é representante de uma entidade que tem uma experiência muito importante, sendo desenvolvida e que nós estamos trazendo para apresentar a esta Casa e para a sociedade de Porto Alegre. Em outubro, quando traremos para o Plenário a avaliação de como foi essa campanha, poderemos dizer que demos um importante passo na promoção da vida e no combate às drogas. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Gostaria de convidar os Senhores Vereadores para que, à tarde, às 14 horas, pudéssemos estar presentes no salão de atos da UFRGS, quando estaremos participando como convidados na Campanha Nacional de Combate às Drogas. Todos os Vereadores estão convidados para esse ato.

Quero registrar a presença do senhor Darci Corso de Campos, representante do CDL - SINDILOJAS de Canoas; Márcio Kauer, Vice-Prefeito de Canoas; Antero Kolvis, Presidente da Associação de Microempresários de Canoas. Obrigado pela presença. Sintam-se em casa.

O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Senhor Presidente, estou aqui em nome do Presidente da Comissão de Educação e Cultura e Esporte desta Casa, Ver. Eliseu Sabino, encaminhando à Mesa um primeiro passo que esta Casa deu em 1996, no dia 29 de junho, quando foi feito, por essa Comissão, o debate “Sim à Vida, não às Drogas. Alerta Família, Escola e Comunidade”, e foi feita a primeira carta-aberta desta Casa, dirigida à população, para que valorizássemos a vida e disséssemos “não” às drogas, e que isso se estendesse à família, à escola e às comunidades. Acho que esse trabalho deve ser integrado ao trabalho que todo o grupo vem desenvolvendo de forma maravilhosa, e que essa contribuição da Comissão de Educação e Cultura desta Casa, que na época tivemos oportunidade de presidir, possa dar alguma contribuição que sirva de possibilidade de ajuda a todo esse trabalho que está sendo feito. Passo ao Senhor Presidente a cópia desse cartaz, onde consta justamente a primeira carta aberta, que depois poderia ser lida.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nós tivemos aqui nesta Casa muitas contribuições. Recentemente votamos um Projeto do Ver. Pedro Américo Leal, que também dava uma contribuição bastante grande neste caminho de combate às drogas. Só que, desta feita, esta campanha, estes atos, não serão presididos pelo Presidente da Casa. Eu estou apenas assinando, aqui, um Convênio com uma entidade especializada, que é a AFRUCTO. E vou dar a palavra, agora, ao Dr. Sérgio Ivan Borges, porque ele é o homem especialista e que vai orientar todas as ações nesta Campanha, onde a Casa estará inserida. Quero dizer que não serão atos políticos, é uma ação da Casa no sentido de fazer com que nós possamos ter toda a participação possível nesta Campanha de combate às drogas. Chamamos todos os segmentos de esquerda, de direita, de centro, políticos, não-políticos, para participar conosco, independente de quem teve a iniciativa. O importante é que todos estejamos juntos. Todos são bem-vindos. A direção dos trabalhos, de tudo aquilo que fizermos neste campo de combate às drogas, será do Dr. Sérgio Ivan Borges, porque, para isso, estamos assinando um convênio, neste momento.

Concedemos a palavra ao Dr. Sérgio Ivan Borges.

 

O SR. SÉRGIO IVAN BORGES: Eu me chamo Sérgio e vou tratar todos como se fossem membros de uma família.

Bom dia, família. (Bom dia.)

Eu me chamo Lina. Bom dia, família. (Bom dia.)

Prezado Ver. Luiz Braz, que está oportunizando o “Sim à Vida”; Componentes da Mesa, especialmente as entidades SINDICÂMARA, ABECAPA, GECAPA, Pedro, Hailton, Marina, Dra. Iara, do Serviço de Psicologia, nossos queridos Vereadores, dos quais destacamos o Ver. Renato Guimarães, Presidente da Comissão de Saúde, e são tantos os Vereadores amigos com quem convivi em algumas oportunidades. Ali, vejo quatro amigos, Vereadores João Dib, o Pedro Américo Leal, o João Carlos Nedel e o Fernando Záchia; o Ver. Pedro Américo Leal na Polícia, o Ver. João Dib no DETRAN, o Ver. Fernando Záchia com o meu querido e saudoso José Alexandre Záchia e o Ver. João Carlos Nedel, companheiro de igreja. Mas quero-me dirigir aos pais, às mães, mesmo não sendo Vereador eleito pelo povo, mas eleito pelos dependentes químicos, alcoolistas, presidiários, homens e jovens de rua, jovens de programa, prostitutas e prostitutos, pais e mães. O título que eles trazem é querer dizer sim à vida.

Então, neste momento apresento um Projeto de Lei. Art. 1º: “Todos temos que ser favoráveis à vida”. Os Srs. Vereadores que estão de acordo com esse artigo fiquem em pé, por gentileza. Essa é a posição de ação, de dizer sim à vida. Agradeço pela humildade desses dignos Vereadores e Vereadoras, por terem essa grandeza e por colocarem os seus corações em pé. Esse é o Projeto de Lei que apresentamos, aliás, sem artigo 1º, mas com um artigo único, sem parágrafos, sem incisos.

Todos somos favoráveis à vida e ninguém melhor para falar sobre a vida do que uma mãe, uma esposa, uma mulher, uma líder. A nossa casa recebe essas pessoas maravilhosas 14 horas por dia. Temos um plantão 24 horas, cujas pastas já foram entregues aos Srs. Vereadores e aos funcionários, sempre acompanhados pelas entidades de classe e pelo serviço de Psicologia. Sou membro do Conselho Municipal de Entorpecentes, ou melhor, sou conselheiro individual dos entorpecentes. Chega de falar nos entorpecentes, é hora de falar com os entorpecidos. Estão presentes, aqui, nossas mães e os nossos jovens. Há pouco vi essa figura maravilhosa que é Dercy Furtado que, corajosamente, na reunião na Comissão de Saúde, deu o seu ousado, destemido, fundamental gesto de solidariedade a essa campanha. Quando eu não dizia “sim à vida”, Adelina era a minha cara-metade; depois que comecei a dizer “sim à vida”, a Adelina é a minha metade mais cara. Vou passar a palavra para a Adelina.

(Não revisto pelo orador.)

A SRA. ADELINA DA SILVA BORGES: Não vou citar nomes, apenas vou dizer: Srs. Vereadores desta, Casa que nos representam aqui, pessoas que decidem algumas atividades, que tomam algumas iniciativas dentro da Cidade. Tenho certeza de que a Cidade de Porto Alegre, hoje, pode ser chamada de cidade sorriso, literalmente; hoje, Porto Alegre pode sorrir, porque está vendo os seus representantes dentro de uma Câmara de Vereadores se preocupando com uma parcela bem grande da nossa Cidade, que são os jovens que precisam de ajuda. O nosso trabalho, a AFRUCTO, o nosso grupo de apoio que vai iniciar sábado, aqui, não está combatendo a droga, ele quer ajudar o dependente que quer sair da droga. Parabéns, Câmara de Vereadores, parabéns Cidade de Porto Alegre, parabéns pelo trabalho que vamos iniciar! Nós queremos caminhar juntos por uma cidade sorriso que sorri por ser um porto mais alegre. Eu queria passar, ao Ver. Luiz Braz e ao Ver. Renato Guimarães, um diploma da AFRUCTO: “Por pessoas que se preocupam com a vida, com uma vida saudável e com uma vida de saúde com seu povo, dizendo sim à vida.” É um diploma em agradecimento e reconhecimento não só pela coragem, mas pela valentia de enfrentar o problema de ombro e de cabeça erguida. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. SÉRGIO IVAN BORGES: Como vocês observaram, não é atrás de um grande homem que tem uma mulher; há pouco eu estava como um pequeno homem atrás de uma grande mulher.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos todas as Lideranças para assinar o convênio, como testemunhas deste ato que fazemos aqui, na Câmara Municipal, onde não teremos divergência, teremos união, todos os Vereadores unidos a fim de que possamos ter uma bela campanha de combate às drogas, liderada pela AFRUCTO.

 

(Procede-se à assinatura do convênio.)

 

Fazem parte da Mesa os Coordenadores da AFRUCTO, Sr. Sérgio Ivan Borges e Sra. Adelina da Silva Borges, o Presidente do GECAPA, Sr. Hailton Terra de Jesus; o Presidente da ABECAPA, Sr. Pedro Ranquetat; a Presidente do SINDICÂMARA, Sra. Marina Durganti; a Psicóloga Sra. Iara da Costa Ramos.

O 1º Secretário da Casa, Ver. Juarez Pinheiro, e as Lideranças estão se fazendo presentes como testemunhas neste Convênio que estamos assinando com a AFRUCTO.

As reuniões serão realizadas todos os sábados, na Câmara Municipal, às 14h30min. Independentemente do jogo do Brasil, neste sábado, a reunião ocorrerá.

Eu cometi uma falha ao convidar somente as Lideranças, e quero convidar também todos os Vereadores para assinarem o convênio, porque esse ato é muito significativo para a Casa.

 

(Os demais Vereadores procedem à assinatura do convênio.)

 

Presente, a Dra. Dercy Furtado, que recebeu, recentemente, homenagem desta Casa como a primeira Vereadora eleita, e está, inclusive, fazendo uma exposição aqui no saguão da Câmara Municipal e irá também assinar conosco. Lembramos aos Srs. Vereadores que à tarde nós estaremos lá UFRGS.

A Dra. Iara, nossa Psicóloga, está com a palavra, para fechar este ato.

 

A SRA. IARA DA COSTA RAMOS: O psicólogo não tem muito o que falar. Nesta Casa, a nossa função é de escuta. E foi através desta escuta de funcionários, de seus funcionários e de Vereadores que nós chegamos a esse ponto. Eu gostaria de encerrar, com o grupo que iniciamos esta campanha. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

(O grupo, de mãos dadas, diz, a uma só voz: “Nosso lema é dizer sim à vida”.)

 

O SR. PRESIDENTE: Os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Adeli Sell e Pedro Ruas solicitam licença para tratamento de assuntos particulares no dia de hoje.

 

(Obs.: Foram aprovados Requerimentos de licença dos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Adeli Sell e Pedro Ruas, e dada posse aos Suplentes, conforme consta da Ata.)

Com a palavra o Ver. Clovis Ilgenfritz

 

O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, eu gostaria de expressar a minha enorme alegria, na condição de 1º Vice-Presidente e ex-Presidente desta Casa, de ter tido a felicidade de, no ano passado, após várias discussões na Mesa e com os setores da Casa, ter conseguido a cedência da Dra. Iara Ramos, que estava no gabinete do Ver. Renato Guimarães, casualmente agora Presidente da Comissão de Saúde. Gostaria de fazer uma homenagem especial e pessoal, não sei se estou abusando, mas acho que foi muito importante a sua presença e isso agora vai gerar frutos enormes com a atitude que V. Exa. tomou junto com a Comissão de Saúde, que nós apoiamos plenamente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Sou obrigado a vir a esta tribuna para esclarecer aos Vereadores alguns aspectos, já que, quando o Ver. José Valdir se manifestou nesta tribuna, foi imensamente aplaudido pelos professores. Só que ele disse umas inverdades e eu tenho que corrigir. Pena que os professores já foram embora, mas parece-me que existem algumas Lideranças do magistério que ainda estão presentes e que talvez possam levar aos seus colegas professores a informação da verdade. O Projeto do Sistema Municipal de Ensino do Ver. José Valdir que quer seja votado ainda neste período de junho, o Vereador diz que está parado há um ano na Casa, é verdade! Então vou lhes dar as datas, Srs. Vereadores. Em primeiro lugar o Vereador entrou com o Projeto, erroneamente, porque deveria ser de autoria do Executivo, no dia 04 de fevereiro; o Parecer da ATP foi de 27 de fevereiro de 1997. O Projeto ficou no gabinete do Ver. José Valdir de 27 de fevereiro, Srs. Professores, até 24 de outubro de 1997. Ele não deixou tramitar na Casa o Projeto. O Projeto não tramitou em Comissão nenhuma porque estava no gabinete do Ver. José Valdir. Depois, o Projeto sofreu Emendas até 10 de dezembro de 1997. Dia 15 nós entramos no recesso. No dia 6 de março de 1998, o próprio Ver. José Valdir entrou com um Substitutivo ao Projeto e cria o Sistema Municipal de Ensino. No dia 6 de maio de 1998 entraram as últimas Emendas. A Comissão de Justiça da Casa deu Parecer no dia 11 de maio; em apenas seis dias, a Comissão deu Parecer, só que aí, no dia 1º de junho, o Ver. Adeli Sell, colega do Ver. José Valdir, do PT, entrou com mais Emendas, e aí teria que voltar às Comissões para analisar. Só que no dia 24 de junho o Ver. José Valdir pediu urgência da matéria, depois de ele ter ficado com o Processo nove meses no seu gabinete e depois de ele e seus companheiros da Bancada terem feito mais de quinze Emendas. Aí o Projeto não foi à Comissão de Educação da Casa; não foi à CEDECONDH, e o Vereador vem aqui na tribuna gritar que o Projeto não anda por culpa nossa. Não! O Projeto não anda por culpa do Vereador e os Professores que estão aqui e as Lideranças têm a responsabilidade, a seriedade de saber disso, porque esse Projeto é importantíssimo e não pode ser votado com tanta irresponsabilidade. Então, é bom que saibam disso aqui! O Projeto não tramitou nas Comissões por obstrução feita pelo próprio autor da matéria, não culpe-se a Câmara! Isso é muito lamentável, sob todos os aspectos. Eu quero dar essas datas, que são oficiais no Processo; é importante que os professores saibam disso e que as Lideranças dos professores transmitam a verdade aos seus colegas, não mintam aos colegas. O Projeto está parado por causa disso. É por isso que no Brasil as leis da Educação são feitas de maneira errada, de maneira irresponsável, porque os autores da matéria as tratam desta forma, engavetando no seu gabinete e depois pegando seus companheirinhos de partido para aprovar de uma maneira ou outra. Isto é um absurdo! E depois reclamam da LDB, e vai lá a Dona Esther Grossi colocar na LDB “estudo por ciclos”, e nem teve experiência nenhuma neste País. Este é o tratamento que se dá à educação, meramente político-partidário, e não de responsabilidade com a educação. É por isso que estamos como estamos em educação.

A última coisa que quero dizer aos professores: o Governo encaminhou para esta Casa, em regime de urgência, na Sessão passada, um Projeto para dar incentivo de produtividade aos técnicos superiores, médicos e outras categorias, menos aos professores, porque professor não produz nada para o Município, não ganha gratificação de produtividade no Município. Em 1995, o Prefeito apresentou o Projeto, eu apresentei uma Emenda e o Governo do PT rejeitou para os professores, porque ele não acha que os professores devam ganhar gratificação de produtividade. Agora, estão negociando para que a Emenda seja rejeitada. É bom, então, que essas Lideranças dos professores, que têm um pouco de responsabilidade com a categoria, digam a verdade aos professores: o Governo Municipal não quer dar a gratificação de produtividade aos professores, porque professor no Município de Porto Alegre não produz para o Governo Municipal. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Maria do Rosário está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Conhecemos o velho estilo dos políticos tradicionais que, às vezes, ocupam esta tribuna destilando ódio, sem argumentos, assim como fez o orador que me antecedeu.

O Ver. José Valdir tem um Projeto discutido com o Conselho Municipal de Educação, construído com a sociedade. Nós vimos, no primeiro momento desta Sessão, a repercussão deste Projeto para dentro das escolas e para a vida da educação nesta Cidade.

Queremos falar de gestão democrática, e praticá-la, numa Cidade que inverteu as prioridades, que escuta a comunidade e que escuta e traduz em políticas aquilo que é decidido pela comunidade. No que trata às escolas municipais, nós nos orgulhamos dos Conselhos Escolares, nos orgulhamos da lei de eleição direta para diretores, nos orgulhamos da comunidade escolar, e nos orgulhamos do Plano de Carreira do Município de Porto Alegre, construído com o magistério na área de educação e que valoriza salários e carreira.

No que trata à educação pública e à comunidade, o governo deste Município nunca pautou as suas políticas pelos interesses menores, mas sempre pelos interesses da educação e por legislar de forma articulada ao desejo da comunidade.

Vem o Vereador que participa da base de sustentação do Governo Estadual e da base de sustentação do Governo Federal, que não tem explicação para dar para o caos do sistema federal de ensino, para as greves das universidades, que já contam perto de setenta dias, porque os professores e funcionários estão há quatro anos sem qualquer reajuste. Vem o Vereador que participa de um Governo que privatiza as universidades, que participa de um Governo Estadual que separou o ensino técnico de nível médio do ensino regular, que acha que o ensino técnico não precisa ter Português, Geografia, Matemática e que deve ser feito em módulo de três meses, que está querendo privatizar a Escola Técnica Parobé, que tem 90 anos, o Ernesto Dornelles, a escola do Hospital de Clínicas.

O Ver. Jocelin Azambuja, que é pai e que deve ter vínculos com a educação, reconheço, pois acho que os pais sempre devem ter vínculos com a educação, vem à tribuna e não presta explicações do que os seus governos fazem. O Vereador deveria explicar por que o Governador do Estado do Rio Grande do Sul não recebe o magistério, não recebe os funcionários de escola, por que a educação do Estado do Rio Grande do Sul está virando este caos, por que um professor do Estado, com a mesma formação acadêmica do professor que dá aula na Prefeitura de Porto Alegre, recebe três vezes menos para turmas com o mesmo tamanho, em escolas que estão caindo aos pedaços. Isso é que me interessa, porque cada um que se responsabilize pelo seu discurso.

E nós, aqui, estamos conscientes de que temos uma série de Projetos para votar neste final de semestre, o PORTOSOL, o da PROCEMPA, temos a questão do HPS, dos profissionais de nível superior de 30 horas; não se aplica aos professores esta questão, porque eles têm plano de carreira. Se V. Exa. não sabe, quero lhe dizer. E no plano de carreira já existe gratificação? Não, mas já existe salário diferenciado, de acordo com a valorização profissional e com a formação de cada um.

Quem tem nível superior no Município de Porto Alegre já tem o seu salário diferenciado, porque isso é do plano de carreira. E é justo, desde a pré-escola até o SEJA, independente de para quem se dá aula, mas o Estado do Rio Grande do Sul terminou com o plano de carreira do Magistério Estadual. Será que é isso que estão querendo fazer nesta Câmara, com Emendas desse tipo, de cunho demagógico?

Portanto, Srs. Vereadores, nós temos prioridade sim, o sistema de educação está entre essas prioridades, tem o parecer do Conselho Estadual de Educação e nós confiamos na sensibilidade dos nossos colegas, contrariamente ao discurso demagógico e malpreparado do Ver. Jocelin Azambuja, que nos deveria dar era algumas explicações, mas, talvez, não tenha nem condições de fazê-lo, porque não existem. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D’Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Eu trago à tribuna uma situação que considero muito importante. No ano passado, fizemos uma Comissão Especial, e diz a Prefeitura que tem, inclusive, um projeto de revitalização do Centro de Porto Alegre.

Como esta Cidade é uma península, o Centro de Porto Alegre cada vez diminui mais o seu espaço de estacionamento, porque, evidentemente, o número de automóveis aumenta.

Ontem, fui surpreendido indo ao Centro de Porto Alegre, ao Banco do Brasil, com uma medida que me deixou perplexo.

O entorno da Prefeitura sempre foi usado, em todos os governos, preferencialmente pelos carros da Prefeitura, o que, até certo ponto, é admissível.

Mas, evidentemente, em certas ocasiões, rápidas e emergenciais, conseguia-se, por alguns minutos, uma vaga ali. Pois ontem eu fui informado de que a Prefeitura acaba de tomar uma medida tornando privativo o seu entorno. É absolutamente proibido qualquer pessoa estacionar naquele entorno. E mais: a Sete de Setembro, próximo à Praça Montevidéu, ficou reservada para os carros locados pela Prefeitura, carros de terceiros, de cidadãos comuns pagos pela Prefeitura, o que é um privilégio duplo.

Então, a situação hoje é a seguinte: existem cidadãos de primeira e de segunda classe no entorno da Prefeitura. A Prefeitura estatizou a rua, estatizou aquilo que é de todos, que é de uso comum do povo, pela Constituição Federal.

Eu me lembro de uma ocasião em que era governador o Sr. Ildo Meneghetti, e Presidente da Assembléia Legislativa, o Dep. Cândido Norberto. Nunca comungamos das mesmas idéias do Dep. Cândido Norberto, mas dele a história registra a decência, a dignidade no exercício do mandato, e a independência. Pois o Presidente da Assembléia, Cândido Norberto, assumindo o governo por alguns dias no lugar de Ildo Meneghetti, mandou arrancar todas as placas de estacionamento privativo de Porto Alegre. Eu nunca esqueci disso. O Deputado, hoje encanecido, mas sempre respeitado, Cândido Norberto, teve uma posição vertical.

Nem a Assembléia, nem a Prefeitura, nem o Estado, ninguém tem o direito de reservar as ruas, que são de todos, para um estacionamento, que é restrito, e privilegiar os seus funcionários, as pessoas que pertencem a esses poderes públicos. Mas, como eu estou num poder municipal e tenho que ver os problemas, prioritariamente, da Prefeitura, considero ter sido uma medida equivocada estatizar o seu entorno para ser usado apenas por carros da Prefeitura ou locados por ela. Há caminhões na Sete de Setembro junto à Praça Montevidéu, caminhões enormes esperando serviço, pagos por nós, tomando um espaço que é do contribuinte.

Estão felizes, soltando foguetes, os donos de estacionamentos. Eu paguei, num estacionamento da Caldas Jr., cinco reais pela primeira hora, dez reais pela segunda hora e já paguei espaço cheio pela outra hora. O aeroporto, finalmente, tomou uma posição decente depois de muitas críticas, hoje se pode ver os preços na placa para 15min, 30min e 1h, pelo menos isso, embora os preços estejam altos, mas pelo menos melhorou um pouco. Porque é um horror pagar-se 5 reais num estacionamento privado da Caldas Júnior e se passar um minuto após a primeira hora, paga hora cheia, não paga os 10 ou 15 minutos. Isto é um desrespeito ao contribuinte.

E a Prefeitura, com essa medida de estatizar o entorno da Prefeitura só para os seus privilegiados funcionários e possivelmente os Vereadores da situação, acaba de privilegiar os donos dos estacionamentos, que agora na Caldas Júnior podem cobrar 10 reais por hora, porque, evidentemente, quanto menos estacionamentos, mais o contribuinte se vê na situação de ficar rodando no Centro por uma hora e meia para conseguir estacionamento ou pagar o que os usurpadores dos estacionamentos particulares querem.

Finalmente, digo que há um Projeto nesse sentido, e não sou pessoa de dizer que a idéia é minha, quando não é, copiei um Projeto do Ver. João Bosco Vaz, hoje suplente da nossa Bancada, copiei o Projeto com a sua anuência, que tenta disciplinar os estacionamentos em Porto Alegre, para que haja, pelo menos, a justiça dos tempos correspondentes ao valor cobrado. Do jeito que está não pode continuar.

Infelizmente, a Prefeitura em nada contribuiu com soluções para estacionamentos na Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Gilberto Batista em Comunicação de Líder.

 

O SR. GILBERTO BATISTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna para deixar registrado o fato acontecido em uma reunião que participei no Bairro Sarandi, Zona Norte da Cidade; deixar registrado, principalmente, para a Bancada do PT, o descaso com que o DEP vem tratando aquela região. Foram feitas exaustivas reuniões desde janeiro até junho, e vem sendo afirmado para aquelas comunidades, para aqueles moradores mentem constantemente para aquela população, dizendo que as obras que estavam no orçamento iriam começar em fevereiro ou em março. Mentem constantemente para aquela população dizendo que as obras, a dragagem, os arroios, todos os problemas que envolvem àquela região referente ao DEP, vão ser contornados. As soluções estão chegando. Mas até hoje nada fizeram. Cito alguns exemplos, Srs. Vereadores. Dragagem do arroio Sarandi que está sendo prometida pelo Diretor do DEP desde fevereiro deste ano. A comunidade fez diversas reuniões, participou diversas vezes do Orçamento Participativo. O Sr. Diretor do DEP foi convocado, por diversas vezes, para oficializar essas obras e até agora nada. Apenas mandam os mais diversos engenheiros que não têm conhecimento do assunto e dizem que nada sabem. Dizem que vão levar ao conhecimento do Diretor do DEP para resolver o problema. Então estão mentindo para aquela comunidade. É mentira humilhante. Srs. Vereadores, já que aquelas pessoas têm suas casas inundadas, móveis perdidos. Seus sonhos vão junto com aquelas águas que envolvem suas casas. Mas o Diretor do DEP deve estar tranqüilo porque em sua casa não entra água. Sr. Presidente, então, registro este fato lamentável com relação ao DEP. O Diretor do DEP já foi convocado por diversas vezes pelo Conselho Popular da Zona Norte para estar presente e informar sobre aqueles problemas, mas simplesmente ele não comparece. Eu não entendo qual o motivo de S. Exa., o Secretário Vicente Rauber, não participar de uma reunião popular, porque a Administração Popular bate tanto nesse tema, de que administra para a população pobre, para os pobres, para os trabalhadores, no entanto, eu acho que se esqueceu daquela região. A comunidade do Bairro Sarandi está preocupada, está ferida, está sendo excluída desse departamento que é de vital importância para a população de Porto Alegre. Eu gostaria que toda a Bancada do PT, que se preocupa muito com essas questões, pelo menos, pedisse ao Diretor do DEP que no dia 15 de julho, que foi convocado para a terceira reunião que ele nunca vai, que pudesse pelo menos ter a sensibilidade e a responsabilidade de comparecer na reunião. Que diga que não vai fazer as obras. Que sejam honestos e não mentirosos como está sendo o pessoal do DEP. Devem chegar e dizer que não vão fazer a obra e parar de enrolar aquelas pobres pessoas. Eu disse àquelas pessoas, na reunião, que conclamassem a população do Bairro Sarandi, que está sendo prejudicada, a entrarem na Justiça contra a Prefeitura para cobrar os danos irreparáveis, pois perder a casa é um dano irreparável. E tudo porque a bomba não funciona, a dragagem está por sair, e a coisa vai sendo enrolada, como muita coisa que a Prefeitura faz é enrolada.

Peço a gentileza ao Diretor do DEP para que esteja presente na reunião do dia 15, pois queremos questionar os motivos pelos quais essas obras não estão sendo realizadas.

Um outro exemplo, na Vila União, a dragagem do arroio foi prometida, o que foi gravado por um representante da Associação Comunitária, e o Engenheiro, que prometeu a dragagem, não se lembra dessa promessa. Então, quero deixar aqui, veementemente, a minha indignação com o DEP e com o seu Diretor, que está prejudicando o Bairro Sarandi, com os arroios e com outros problemas que lá estão acontecendo. Muito obrigado.

 (Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, há dez anos, no dia de ontem, era fundado o Partido da Social Democracia Brasileira, por um grupo de homens e mulheres que, discordando das radicalizações, da polarização nefasta aos interesses do povo brasileiro, oficializou a utopia social democrática onde capital e trabalho deixam de ser inimigos e passam, juntos, a construir uma nova sociedade, presidida pelo bem-estar social na luta contra o desemprego. Desde logo, o crescimento político levou o PSDB e seus melhores quadros aos comandos da vida nacional pelo voto direto. Pela expressiva representação parlamentar em nosso Estado, assume o governo, hoje, em substituição ao Governador Antônio Britto que, por ser candidato, se auto-desincompatibiliza; Vicente Bogo abre mão do seu projeto pessoal parlamentarista e ocupa a mais alta magistratura do Estado, com respaldo de um trabalho voltado para o social, para a metade sul do Rio Grande do Sul, pelo Projeto RECONVERSUL, e especialmente por sua postura e dignidade, conferindo ao Governo do Estado, no tempo que lhe resta, a confiança e segurança dos seus co-estaduanos. Mas gostaria de falar também, neste tempo de Líder, no Hospital de Pronto Socorro, que reivindica a aprovação de um Projeto de Lei de Gratificação de Incentivo Técnico para aqueles que são detentores da jornada de 30 horas, como se somente aqueles que têm 40 horas devessem ter o incentivo técnico. Solicito a esta Casa a brevidade e competência, tão demonstrada ao longo de tantos anos, para que esse tipo de Projeto, que faz apenas justiça a profissionais do Hospital Pronto Socorro, que hoje seja apreciado na Comissão Conjunta, e depois votado por esta Casa. O Ver. Gilberto Batista falava da forma de enrolar a população, é a postura que a Prefeitura está tomando em relação a uma Lei que foi aprovada por esta Câmara, por um Projeto do Ver. Nereu D’Ávila, e o Sr. Secretário de Administração sentou em cima do processo e, simplesmente, até hoje os operadores de raio-x estão impedidos de passar a técnicos de radiologia, inclusive o edital de concurso chamando para técnicos em radiologia não vai poder ser aprovado, porque ainda não existe a Lei, ela ainda está na Secretaria de Administração. Mais uma vez é comprovado aquilo que acentuou o Ver. Gilberto Batista, que é mais uma forma de enrolar a população, e, principalmente, os funcionários do Hospital de Pronto Socorro, que têm mais esse gravame, de terem uma lei aprovada, por unanimidade nesta Casa, e até hoje não ver esta Lei sendo oficializada, sendo aplicada porque a Secretaria de Administração Especial, o Sr. Secretário não encaminhou adequadamente, isto é, não assinou, não promulgou e não fez com que hoje os operadores de raio-x pudessem ser transformados em Técnicos em Radiologia. Evidentemente, isso implicaria aumento de salário, implicaria uma série de reformas. E, quando perguntado por este Vereador, a  Liderança do PT responde sempre que estão fazendo uma reforma administrativa.

Que reforma administrativa é essa que, até hoje, não se criou uma Secretaria de Turismo? Que reforma administrativa é essa que se vota um Projeto, se faz a Lei e, simplesmente, ela não é cumprida? Que reforma administrativa é essa em que o caos do funcionalismo já beira um problema social grave pela indiferença das autoridades que freqüentam o Paço Municipal? Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra em tempo de Liderança pelo PPB.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, tenho dito desta tribuna que sou um pacifista. E pergunto: um pacifista pode odiar? Eu respondo que sim, porque eu, de repente, eu odeio. Claro que não odeio nenhuma pessoa, nem aquelas que me atingiram ou tentaram me atingir. Mas odeio a mentira, especialmente a mentira paga, como é o caso do célebre programa “Cidade Viva” que este ano vai custar à Prefeitura Municipal, ou seja, ao povo porto-alegrense 5 milhões de reais. Mais do que é permitido pela lei eleitoral para todo o ano. Só este programa. Mas, de qualquer forma, por que digo que é mentira? O primeiro programa Cidade Viva dizia que a Prefeitura recebia da Mitra, gratuitamente, trinta e sete hectares ao lado da Cidade de Deus. Não era verdade, e isso eu disse ao Prefeito Tarso Genro na oportunidade. Não era verdade porque há contrapartida na doação dos trinta e sete hectares, e esses trinta e sete hectares deveriam ter passado pela Câmara Municipal para que fosse legalizado - não é legal. Mas a mentira aconteceu. Imediatamente após o Prefeito dizia, na sua mensagem do “Cidade Viva”, que a eleição dos diretores se fazia na Prefeitura há cinco anos. E eu fui a ele e disse: Prefeito, não são cinco, mas, no mínimo, dez, porque quando eu era Prefeito começamos a escolher os diretores da escola pela votação direta dos professores. Então não são cinco, são dez. Dizia ele que há mais de dez anos não se limpava o Arroio da Areia. Eu disse: Prefeito, não é verdade. Há nove anos eu, Prefeito, mandei limpar o Arroio da Areia em toda a sua extensão, então não são mais de dez. A mentira é falar para enganar. Agora, tenho ouvido o “Cidade Viva” e poderia citar outros exemplos, mas vou me atualizar. Ontem ouvi no “Cidade Viva”, e já reclamei desta tribuna, e depois ouvi o Prefeito falando que o Orçamento Participativo em 96 determinou a construção da Terceira Perimetral. Aí é mentir demais. No final do ano de 83, entreguei ao uso do povo de Porto Alegre as Ruas Edu Chaves, Souza Reis, Ceará Pereira Franco, um binário onde inicia a Terceira Perimetral, no qual não se tem que fazer mais nada, está pronta. Eu alarguei em 83 a Carlos Gomes, claro que vai precisar ser mais alargada, mas quando fiz essas duas obras na Terceira Perimetral, ela estava aberta em toda a sua extensão, então nós não vamos construir a Terceira Perimetral, vamos alargar a Terceira Perimetral. Já ouvi aqui os petistas falarem mal do BIRD, mas o BIRD vai dar os recursos para que isso aconteça.

Para os que mentem, e mentem deslavadamente, tudo é muito certo, menos a verdade. A Terceira Perimetral, importantíssima para o sistema viário da Cidade - isso dizemos há mais de 10 anos para essa Administração - aí está aberta, apenas, há mais de 10 anos, ninguém faz nada na Terceira Perimetral, nem na Segunda, nem na Primeira. Os governos que antes estiveram no poder que comandaram esta Cidade, abriram a Primeira, a Segunda e a Terceira Perimetral, não é preciso mentir porque elas estão abertas hoje. A atual Administração, que vai buscar o dinheiro no BIRD, com apoio desta Casa, até nos erros de apresentação do Projeto consertado por nós, vai fazer, a partir do ano que vem, a complementação da Terceira Perimetral. Portanto, chega de mentiras, e muito mais, de mentiras regiamente pagas. Saúde e Paz.

 

 (Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Fernando Záchia está com a palavra em Comunicação de  Líder.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a região de Porto Alegre, Rua Dona Laura, Rua Mostardeiro, Rua 24 de Outubro, é uma região que, normalmente, sofre muito com os engarrafamentos de trânsito. É uma região com dificuldades viárias, devido ao grande acúmulo de veículos, constantemente, enfrentamos grandes engarrafamento. Na semana passada, havia engarrafamento na Rua Mostardeiro, Rua Dona Laura, porém é um tipo de engarrafamento que é saudado por todos nós, porque ali havia obras de asfaltamento: estava se asfaltando a Mostardeiro, estava se asfaltando a Dona Laura

Então, Ver. Pedro Américo Leal, V. Exa. que, com razão, é um dos batalhadores para que a Rua Silva Jardim, Rua Mariland sejam asfaltadas, V. Exa., repetidamente, aqui na tribuna, faz essa solicitação, faz esse apelo ao Executivo Municipal, que não deixe exclusivamente para o Orçamento Participativo essa decisão importante para a Cidade, e não vê esse seu pleito atendido, porque a Mariland e a Silva Jardim continuam não asfaltadas. Mas, naquela semana passada, Porto Alegre e a região do Moinhos de Ventos saudava que estavam repavimentando essas importantes avenidas. No dia 19 de junho, sexta-feira passada, exatamente há uma semana, era entregue a obra da D. Laura. Estava asfaltada. Todos nós ficamos contentes pela eficiência do Executivo Municipal, independentemente de uma decisão do Orçamento Participativo em asfaltar aquela avenida. Mas para nossa surpresa, para nossa tristeza, na segunda-feira, no dia 22, o DEP abriu a rua, cortando o asfalto de três dias para fazer as suas obras.

Ora, caracteriza-se, claramente, uma ineficiência administrativa, uma incompetência administrativa. Sabemos que talvez seja um pouco difícil fazer essa organização, essa ordenação dos órgãos do Executivo Municipal, um asfalta e o outro abre, mas três dias depois! E a população daquela região, que enfrentou um engarrafamento na semana anterior, mas saudava o engarrafamento porque era uma melhora, era uma qualificação das obras, enfrentou novamente, na esquina da Florêncio Ygartua com a Dona Laura, uma zona extremamente movimentada, uma zona que constantemente tem engarrafamentos, ela enfrentou mais um grande engarrafamento porque estava sendo feita uma obra do DEP. Uma obra certamente necessária para aquela região, mas mostrava para aquela população e para a Cidade de Porto Alegre a ineficiência em administrar o dinheiro público. Não podemos admitir que se gaste - e sem dúvida alguma é caro - para asfaltar, para melhorar, para qualificar a vida do cidadão de Porto Alegre - e dois dias depois, se abra um buraco naquele asfalto, talvez ainda quente, ainda novo, para fazer outra obra. Não consigo, tenho essa dificuldade de compreender que duas pessoas, dois órgãos, dois responsáveis por esses órgãos não consigam fazer essa unidade de trabalho. Um asfalto numa rua, onde ele constantemente tem que passar e tem que ser discutido pelo Orçamento Participativo. Isso demanda um tempo, demanda um trabalho, demanda uma análise. Ora, a responsável pelo asfalto, a SMOV, certamente tinha programado que iria asfaltar a Dona Laura, conforme determinação, me parece, do Orçamento Participativo, mas que converse com o responsável Diretor do DEP - que o Ver. Gilberto Batista, aqui o criticava -, mostrando a ele que estava programado pela SMOV, pelos recursos do Município, asfaltar aquela rua. Se tem que fazer a obra, que se faça antes de receber a camada asfáltica. Isso é dinheiro público, isso é dinheiro do contribuinte, isso é dinheiro dos poucos recursos que dizem que o Município tem. Mas eu deixo bem claro que isso demonstra a ineficiência, isso demonstra a incompetência em gerir o dinheiro público, em administrar a Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Garcia está com a palavra, para uma Comunicação de  Líder.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Várias vezes ocupamos esta tribuna para fazer uma denúncia relativa ao não-pagamento, por parte do Governo Estadual, aos professores contratados emergencialmente.

E nós falamos, naquela oportunidade, que o Governo do Estado, de maneira muito rápida, em cinco dias, conseguiu fazer com que quase 40 mil professores se inscrevessem para este contrato emergencial, com o qual não concordamos. Entendemos que o Governo Estadual deveria fazer concurso público. Mas a surpresa maior ainda foi que, num prazo de 48 horas, o Governo publicou no Diário Oficial o nome dos professores com as suas respectivas escolas.

Três meses se passaram e estes professores não receberam. Hoje, lendo uma matéria no “Correio do Povo”, a Diretora do Departamento de Recursos Humanos da SEC, Sandra Queiroz, esclareceu que o atraso do pagamento de alguns professores contratados ocorreu em função da demora na entrega da documentação necessária para expedição da habilitação de posse.

Essa é mais uma desculpa do Governo do Estado para não pagar, ou seja, levou noventa dias para pagar e agora tenta encontrar uma explicação.

Esta semana ocorreu algo que havíamos denunciado, relativo às bolsas dos atletas. O Sr. Governador divulgou e entregou algumas bolsas olímpicas no Palácio Piratini e aqui denunciamos que esses atletas estão com sete parcelas vencidas. A última venceu agora no dia 23 de junho. O Governo do Estado adotou a mesma sistemática que a Secretaria de Educação. Através do Departamento de Desporto fez uma reunião com os atletas e informou que o pagamento dessas bolsas não ocorreu porque os técnicos não enviaram relatório aos atletas. Recebemos inúmeras correspondências e visitas desses atletas em nosso gabinete e nos informaram que nunca lhes haviam solicitado relatório e que para as duas primeiras parcelas que o Governo entregou no Palácio Piratini também  não lhes foi cobrado qualquer relatório.

Portanto, queremos que a Secretaria de Educação, através do Departamento de Desporto, pague o quanto antes estas sete parcelas a que esses atletas têm direito. Inclusive alguns atletas deixaram de trabalhar, de estagiar, porque o Governo do Estado acenou com cento e cinqüenta, duzentos, trezentos e até quinhentos reais para alguns, mas sete parcelas eles não receberam. Alguns atletas não conseguem quitar as suas faculdades, seus estudos e se dependessem desse dinheiro para treinar, certamente já teriam abandonado o esporte.

Entendemos que o Governo do Estado não está sendo sério no tocante ao contrato emergencial que deixou os professores noventa dias sem receber o salário e agora diz que o pagamento não foi efetuado em função da documentação de habilitação de posse e também foi a mesma desculpa utilizada pela falta de pagamento das sete parcelas para esses atletas que receberam a bolsa de estudo por serem atletas destacados.

Na realidade, não sei se o Governo está com problema de caixa, mas está ficando cada vez mais difícil o cumprimento dessas suas atitudes. Ou o Governo, de uma vez por todas, encerra os projetos e diz que não tem dinheiro ou pára de enganar grande parte dessas pessoas que foram iludidas e prestam seus trabalhos merecidamente. Os atletas vão continuar sendo atletas, independe da posição do Governo dar a bolsa ou não. O que não podemos fazer é criar uma expectativa nessas pessoas prometendo bolsas e, depois, passa uma, duas, três, quatro, cinco, seis e até a sétima parcela que ainda não foi paga, com a desculpa de que o pagamento não foi efetuado por um simples relatório. Os atletas continuam treinando, participam de todas as competições e estas são divulgadas todos os fins de semana no nosso Estado. Portanto, ou o Governo encara isso de maneira séria ou, cada vez mais, vamos continuar denunciando, porque esta é a nossa função. Aquilo que se promete deve ser cumprido e, não, o aspecto “Dito e Feito” que fica muito bonito no papel, mas não é cumprido. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. LAURO HAGEMANN (Requerimento): Sr. Presidente e Srs. Vereadores, peço este instante para comunicar à Casa o falecimento de uma figura muito importante para todos nós. Faleceu, hoje, o Dr. Renato Souza que foi Vereador, Presidente desta Casa, Deputado Estadual, Prefeito, Presidente do Grêmio Porto-Alegrense, Delegado de Polícia, Chefe de Polícia interino. Uma figura excepcional da vida pública desta Cidade, deste Estado. Pai do atual Ministro da Educação, Dr. Paulo Renato Souza. Em homenagem à figura do Dr. Renato Souza, que foi meu colega nesta Casa, foi Vereador nos anos de 64, 65 e 66, nessa condição ocupou a Presidência desta Casa e foi Prefeito interino, em um período excepcional de efervescência política deste Município. Eu, em memória de Renato Souza, pediria à Casa um minuto de silêncio.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Lauro Hagemann, aproveito o registro que V. Exa. faz para ficar consignado na nossas Ata e na memória desta Casa, como uma homenagem de toda a Casa a esse que foi um dos grandes homens deste Município, um dos grandes Presidentes desta Casa Legislativa que Merece, realmente, todo o nosso respeito. Comunico ao Plenário que a Casa está providenciando uma coroa de flores que será enviada, como uma homenagem final ao Sr. Renato Souza. Façamos, agora, o minuto de silêncio.

 

(É feito um minuto de silêncio.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, assinalando que corro até o risco de ferir o Regimento, fui informado neste instante do passamento do Dr. Renato Souza, meu companheiro de Conselho do Grêmio, queria encontrar uma forma de assinalar esse pesar, realmente era uma grande Liderança dentro do Conselho do Grêmio Porto-Alegrense, marcava muito com suas posições sempre retilíneas, corretas, às vezes até radicais, mas sobretudo respeitosas. Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE: Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Suspendemos a Sessão para a realização da reunião Conjunta das Comissões.

(Suspendem-se os trabalhos às 11h35min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 12h11min): Estão reabertos os trabalhos. Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda à chamada nominal para verificação de quórum. (Após a chamada.) São 14 Vereadores presentes, portanto, há quórum.

 

O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, não se trata de uma Sessão que esteja em andamento, é a reabertura da Ordem do Dia, portanto, o  quórum deve ser de 17 Vereadores.

 

O SR. PRESIDENTE: (Lê.) “Constatada a existência de quórum para a instalação da Ordem do Dia, será admitida a discussão com a presença de um terço dos Srs. Vereadores”.

 

O SR. JOÃO DIB: Foi feita a chamada e não há quórum, há 14 Vereadores no Plenário, então, não haveria necessidade de fazer a verificação de quórum, estamos reentrando na Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE: Nós fizemos a chamada para instalar a Ordem do Dia. Naquele momento, tínhamos quórum suficiente, vinte e seis Vereadores, e a Ordem do Dia foi instalada. Logo em seqüência, suspendemos a Ordem do Dia para fazer as reuniões da Comissão. Logo após, apenas fizemos com que a Ordem Dia pudesse voltar, não para ser instalada, mas para continuar, a fim de que pudéssemos discutir e, para isso, basta um terço dos Vereadores na Casa. A chamada constatou a existência de 14 Vereadores presentes no Plenário, portanto para votar, V. Exa. tem razão, não temos quórum, mas temos quórum para discutir. Lembro que o primeiro Projeto é um veto que está trancando a Pauta, e, sem votarmos esse veto, não poderemos votar as demais matérias.

 

O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a Comissão de Justiça deve ser ouvida. Há dois Projetos, na Ordem do Dia de hoje, de alta importância. Um deles extingue a EPATUR e o outro altera as condições de funcionamento da PROCEMPA. Como se trata de duas sociedades anônimas, gostaria que a Comissão de Justiça dissesse, já que não há parecer das Comissões, os dois estão sendo votados na forma do art. 81 da lei Orgânica, se é dispensável o posicionamento da assembléia geral dos acionistas para que se alterem as duas sociedades anônimas do Município.

 

O SR. PRESIDENTE: Tenho uma informação da Diretoria Legislativa que diz que a EPATUR enviou essa autorização.

 

O SR. JOÃO DIB: E a PROCEMPA?

 

O SR. PRESIDENTE: (Lê.) “Em resposta ao Ofício 832/98, desta Câmara, encaminho a Vossa Excelência cópia do Estatuto da EPATUR, a fim de que seja anexado ao Processo nº 925/97, que autoriza a dissolução da Empresa Porto-Alegrense de Turismo S/A, em tramitação neste Legislativo”. Assina o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre. E aqui está a Ata da Assembléia de Constituição da Empresa Porto-Alegrense de Turismo.

 

O SR. JOÃO DIB: Ata de Constituição, Sr. Presidente. Estou desconfiado de que essa correspondência não atende à solicitação que eu faço, a ata da assembléia-geral, dizendo que ela será extinta.

 

O SR. PRESIDENTE: Dada a Questão de Ordem do Ver. João Dib, solicito à Procuradoria da Casa que emita parecer com relação a esta dúvida de V. Exa.

 

O SR. JOÃO DIB: Estou de acordo, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE: Vera. Maria do Rosário.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Requerimento): Tendo em vista a Questão de Ordem do Ver. João Dib, solicito à Mesa que verifique a possibilidade de que não haja efeito suspensivo quanto à pauta estabelecida para a Ordem do Dia da próxima segunda-feira.

 

O SR. PRESIDENTE: A Procuradoria da Casa poderá nos dar esta orientação.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Questão de Ordem): A Ordem do Dia da próxima segunda-feira.

 

O SR. PRESIDENTE: Acredito que a Procuradoria da Casa, hoje, poderia nos dar essa orientação, a fim de que, na segunda-feira, estivéssemos seguros daquilo que vamos fazer no Plenário.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, eu concordo com a Procuradoria, porque pretendo não procrastinar, mas gostaria de votar com tranqüilidade.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, nada em contrário à decisão de V. Exa., mas, para esclarecer, gostaria de dizer que a Comissão de Constituição e Justiça elaborou Pareceres, com certeza, ao Projeto da EPATUR. Por isso, não é correto dizer-se que não há Parecer da Comissão de Constituição e Justiça, porque há parecer nos autos.

 

O SR. PRESIDENTE: Peço à Diretora Legislativa que faça chegar, o mais rápido possível, à Procuradoria da Casa, a Questão de Ordem levantada pelo Ver. João Dib, a fim de que a Procuradora possa emitir parecer com relação tanto ao processo da EPATUR como ao processo da  PROCEMPA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 2499/97 - VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 018/97, de autoria do Ver. Carlos Garcia, que altera a redação do inciso III do art. 90 da Lei Complementar nº 133/85, que estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre.

 

Parecer

-  da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela manutenção do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, maioria absoluta de votos favoráveis dos membros da CMPA - Art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do Regimento da CMPA.

           

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM - aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO - rejeita o Projeto, aceita o Veto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº 018/97 – com Veto Total. O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaria de chamar a atenção: na Sessão de quarta-feira, o Ver. Jocelin Azambuja, arvorando-se a censor da Comissão de Constituição e Justiça, requereu que a Comissão tivesse mais cuidado com os seus pareceres para que não aprovasse matérias inconstitucionais ou ilegais.

O Vereador acabou, na reunião das Comissões conjuntas, de colocar uma Emenda que fere de morte a Lei Orgânica do Município, a Constituição Estadual e Federal e tudo mais que houver dentro da simetria da ordem constitucional brasileira.

Quero chamar a atenção disso, no sentido de que, nesta proposta, fica claro de que não temos a condição, aqui, de aumentar despesas em Emendas e legislar sobre a questão do funcionalismo público, porque - e, no caso, o Projeto é desta Casa -, independente do mérito, é absolutamente inconstitucional e ilegal. E, tendo em vista o princípio da legalidade, que é um dos princípios assentes na ordem constitucional brasileira, o Chefe do Poder Executivo Municipal tinha que vetar esta proposta, afora toda essa discussão de mérito que se possa fazer. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Não havendo quórum para a votação, está encerrada a Sessão, às 12h24min.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h24min.)

 

* * * * *